Conferência de Santa Maria
A Conferência de Santa Maria de Sintra, agregada à Sociedade São Vicente de Paulo desde 8 de maio de 1944.
Esta Conferência vicentina está integrada na Pastoral Caritativa da Unidade Pastoral de Sintra (Paróquia de Santa Maria e São Miguel, Paróquia de São Martinho e Paróquia de São Pedro de Penaferrim) Diocese de Lisboa e encontra-se sediada nas instalações da Igreja de São Miguel sita na Av. Adriano Júlio Coelho, nº 3, 2710-518 Sintra.
A Conferência está adstrita ao Conselho de Zona de Queluz (território do Concelho de Sintra) e este, está adstrito ao Conselho Central de Lisboa (Diocese de Lisboa) da Sociedade de São Vicente de Paulo.
A Conferência rege-se pelas 5 virtudes vicentinas (simplicidade, humildade, mansidão, mortificação e zelo) e é composta atualmente por uma equipa multidisciplinar de quatro vicentinos (2 consócias e 2 confrades), seis colaboradoras/es, e um Assistente Espiritual (Padre Católico) que promovem de forma voluntária serviço caritativo e social católico de proximidade e/ou de retaguarda. O objetivo primeiro é contribuirmos sem protagonismo, para a construção de uma sociedade mais justa, próspera e sustentável, valorizando o respeito e amor ao próximo, alegria na missão, trato pessoal com o mais necessitado, generosidade, o espírito de colaboração, a inteligência do coração e a amizade.
PROPÓSITO, MISSÃO, VISÃO E VALORES DA CONFERÊNCIA
Propósito - “Acolher, Assistir e Proteger, para Tornar o Invisível Visível”.
Missão - uma rede de amigos que procuram a santificação através do “Orare Et Laborare” no cuidar em proximidade os indivíduos e famílias em necessidade.
Visão - Ser reconhecida como uma Conferência da SSVP que promove através da justiça social a dignidade integral dos mais necessitados.
Estes encontram-se alinhados com a missão, visão, e valores da SSVP.
O BEM COMUM, FRATERNIDADE E SUSTENTABILIDADE
A ação da Conferência encontra alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) - Agenda 2030 da ONU (apresentados na imagem), com os princípios da Carta Encíclica Laudato Si’, do Santo Padre Francisco, sobre o Cuidado da Casa Comum e os princípios da Carta Encíclica Fratelli Tutti do Santo Padre Francisco, Sobre a Fraternidade e a Amizade Social.
O SERVIÇO SOCIO CARITATIVO - “ORARE ET LABORARE”
Vivemos numa sociedade complexa e diversificada onde todas as partes estão ligadas e interagem, para o melhor ou para o pior.
As pobrezas não são procuradas, mas criadas pelo individualismo, egoísmo, a soberba e a avidez dos Homens, levando que as Pobrezas não sejam um resultado inevitável das circunstâncias, mas sim um produto de situações injustas que podem ser removidas.
Para os membros desta Conferência nenhuma das “obras de misericórdia corporais e espirituais” é alheia à nossa ação, porque uma das piores coisas que as pobrezas fazem, é tirar a esperança às pessoas (criadas à imagem de Deus), pois acreditam que a pobreza possa ser eterna. Para nós vicentinos a pessoa humana (criada à imagem de Deus), não é apenas alguma coisa, mas alguém, que deve ter uma vida digna e não apenas uma vida de sobrevivência.
Por dever social e moral, os indivíduos e famílias (ou comunidades) vulneráveis, excluídas ou descartadas, têm de estar no coração e na ação sócio caritativa da Igreja e das Conferências Vicentinas.
O cuidar de indivíduos e famílias está relacionado com as dimensões da pobreza que se interligam, e assim influenciam o bem-estar do indivíduo e das famílias.
As pobrezas não são procuradas, mas criadas pelo egoísmo, avareza, inveja, ira, preguiça e iniquidade dos homens, levando que a pobreza não sejam um resultado inevitável das circunstâncias, mas sim um produto de situações injustas que podem ser removidas.
As possíveis dimensões da pobreza, podem ser de indole económica, (domínios como a falta de recursos financeiros ou literacia financeira), social (domínios como o abandono e exclusão social, falta de acesso a serviços e oportunidades), espiritual (domínios como a falta de significado e propósito na vida, baixa autoestima e sentimento de indignidade) e corporal (domínios como a falta de saúde, prevalência de doenças crónicas, e deficiência física ou mental), quer estas provoquem situações de natureza relativa relativa (temporária, pode variar de acordo com o contexto e o tempo) ou absoluta (permanente, tende a ser mais estável e estrutural, e possivelmente irreversível).
O acolhimento (receber ou visitar) com compaixão e empatia, sem julgamentos e em confidencialidade, dos indivíduos ou famílias, permite-nos com Jesus Cristo estabelecer um vínculo de igual para igual, de pessoa para pessoa, e pressupõe escutar (diferente de ouvir), ver (diferente de olhar), concentrados no presente e futuro mais do que ficarmos presos no passado, e assim dar conforto e oferecer uma possível solução que como semeadores de esperança, nos impele a agir.
Ação esta, alicerçada no discernimento (diferente de percepcionar) assente nos princípios, sociais, morais e éticos da Igreja Católica - Doutrina Social da Igreja (nomeadamente, Dignidade da Pessoa Humana, Bem Comum, Solidariedade, Subsidiariedade, Justiça Social, Participação Cívica, Caridade e Justiça), na Economia de Francisco (nomeadamente a economia sustentável, inclusiva e regenerativa), a declaração Dignitas Infinita (Dignidade ontológica, moral, social e existencial), o Cuidado da Casa Comum (compromisso no cuidado do que é de todos), e na tradição da ação vicentina, e ancorado aos princípios do desenvolvimento sustentável ("5 Ps": Pessoas, Prosperidade, Paz, Parcerias e Planeta) da ONU e a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Nesta ação procuramos dentro das nossas possibilidades assistir (imediato) e proteger (longo prazo), mitigando as situações de pobreza, dos indivíduos e famílias de forma inclusiva (sem distinção de etnia, de condição social, limitação física ou mental, ou mesmo de religião), e auxiliá-los a enfrentar os desafios do presente e a preparar o futuro, para que tenham esperança numa vida digna e não apenas uma vida de sobrevivência. Mas primeiro aconselhamos a compreenderem e melhorar continuamente a sua relação consigo próprios, com a família, com a comunidade e com Deus.
Uma visão holística da situação e dos "problemas" dos indivíduos e famílias (ou comunidades de famílias), merecem uma análise ponderada, considerando diferentes perspectivas e evitando generalizações e replicações standardizadas (quer dos problemas, quer das soluções).
A ação deverá traduzir-se na construção de um Roteiro para levar os indivíduos e famílias (ou comunidades de famílias), à sua autonomização progressiva, tendo em consideração as dificuldades em quebrar o ciclo de pobreza devido às barreiras económicas, sociais e políticas, ou mesmo ao rompimento com a pobreza intergeracional.
Este Roteiro sem falsas expectativas, abrangente e sustentável, deverá observar os direitos e deveres perante a sociedade de indivíduos e famílias (ou comunidades), e guiados pela fé e pelo Espirito Santo, auxiliá-los na sua Jornada (realização do Roteiro através de eventos ou ações) progressiva em direção à autonomia integral (observando os seus direitos e deveres perante a sociedade), permitindo que sejam auto-suficientes e recuperem com liberdade e responsabilidade, a sua dignidade de ser ser humano e sentir outra vez a alegria de viver.
A Jornada de Transformação deverá ser Incremental e muitas das vezes para uma Jornada de Transformação Disruptiva (indivíduos ou famílias), ou uma Jornada de Transformação Sistémica (comunidades de famílias), pode exigir um Roteiro abrangente e integrado.
No caso da Conferência não ter proximidade, ou ser necessário colmatar (supletivo) ou complementar competências, formas, meios e/ou recursos, em contexto do princípio de subsidiariedade, contamos com o que designamos de “Rede Caritativa”.
As acções da Conferência são avaliadas quanto à sua relevância e impacto, adaptabilidade e flexibilidade, sustentabilidade e participação, eficiência e efetividade, equidade e responsabilidade.
O SERVIÇO EM REDE
Transformar vidas e promover a justiça social poderá ser necessário criamos parcerias com a “Rede Caritativa”, e assim concretizamos a visão do Beato Francisco Ozanam, um dos fundadores da SSVP - de unir o mundo numa rede de caridade.
Esta rede como comunidade global de caridade, amor e solidariedade, pode operar com equidade e sentido de justiça em várias geografias, tanto localmente (em Portugal) quanto globalmente (espalhada pelo mundo), por um lado permite-nos que possamos por seu intermédio acolher prestar um serviço de proximidade onde quer que os familiares dos reclusos ou de outros indivíduos que estejam a ser assistidos ou protegidos, residam, e por outro envolver vários atores num diálogo fecundo e assim possamos cooperar na identificação e determinação das soluções mais eficientes e eficazes.
Esta Rede pode ser composta por Conferências da SSVP e Ramos da Família Vicentina, a Igreja Católica e os seus Grupos e Movimentos de Ação Sócio Caritativa (como a Cáritas), outras confissões religiosas, bem como, entidades do estado ou entidades ou instituições privadas ou não governamentais (ONG).
CONFORMIDADE NA AÇÃO A Conferência presta de forma organizada voluntariado de continuidade no âmbito social e caritativo de acordo com o Regulamento interno de direitos e deveres (Regra https://ssvp.pt/a-regra-vicentina/).
A Conferência está registada no Banco Local de Voluntariado de Sintra (BLVS, da Câmara Municipal de Sintra), e todos os membros da Conferência foram registados e encontram-se incluído(s) na apólice do seguro do Banco Local de voluntariado de Sintra (BLVS), Acidentes Pessoais Grupo desde o dia dezenove de dezembro de dois mil e vinte e três, estando assim em conformidade com a Lei nº 71/98, designadamente: pelo nº 1 do art.º 3º e pelo princípio da gratuitidade expresso no nº 6 do art.º 6º, bem como pelo cumprimento no do art.º 16 “Seguro Obrigatório”descrito no Decreto-Lei n.o 389/99 de 30 de Setembro.
NOVAS VALÊNCIAS DA CONFERÊNCIA DESDE 8 DE MAIO DE 2023
1. Valência de apoio aos reclusos e às suas famílias
2. Valência de apoio às famílias em situação de luto (exclusivo Unidade Pastoral de Sintra)
3. Valência de apoio às famílias na comunidade (exclusivo Unidade Pastoral de Sintra)
1. Valência de apoio aos reclusos e às suas famílias.
A missão passa por, oferecer dois tipos de serviços correlacionados de retaguarda:
(1.1) Apoiar os reclusos na sua vida pessoal em ambiente prisional e preparar uma reabilitação, inclusão e reintegração positiva do indivíduo na família, na comunidade e na sociedade em geral e assim poder libertá-lo do estigma da prisão.
(1.2) Acolher no receber ou visitar (onde quer que estas residam), para assistir e proteger em proximidade às suas famílias, mitigando as possíveis situações de pobreza provocada ou não pela "prisionização secundária”.
- Programa 321 (Three To One - Reabilitação, Reinserção e Ressocialização do Recluso),
- Campanha +Conforto (
- Clothing e material de higiene
- ), tendo como alvo os reclusos carenciados (ou seja, reclusos que enfrentam dificuldades financeiras e que por diversas razões podem não ser visitados e/ou contactados pelas seus familiares), Eventos Inclusivos para reclusos sem apoio familiar.
VALÊNCIA DE APOIO AOS RECLUSOS E ÀS SUAS FAMÍLIAS (detalhe dos serviços)
O nosso plano de atividades para esta valência, é composto por ações/iniciativas no (i) meio prisional e outras (ii) fora do âmbito do voluntariado em meio prisional, mas estão correlacionadas por se tratarem de ações/iniciativas da Conferência com as famílias dos reclusos e/ou ex-reclusos.
A reclusão de um familiar geralmente tem um impacto profundo na dinâmica familiar e na vida desta na comunidade. Esta realidade pode levar à "prisionização secundária”, ou seja quando a prisão invade a vida dos familiares. Esta situação poderá provocar à família, entre outras, situações de preconceito e discriminação, marginalização e dificuldades financeiras, e instabilidade emocional, principalmente para os filhos. Estas famílias em situação de vulnerabilidade/fragilidade, por dever social e moral, têm de estar no coração e na ação sócio caritativa da Igreja e das Conferências Vicentinas. A resposta da Conferência, é o programa “+Próximo Família”.
O nosso foco, não exclusivo é a Família do Recluso e os Reclusos Carenciados, ou seja, reclusos que enfrentam dificuldades financeiras e que por diversas razões podem não ser visitados e/ou contactados pelas seus familiares.
As necessidades no âmbito da nossa ofertas de serviços são sinalizadas pelo(s) Capelão(es) do EP, a Direção do EP, e pelos Serviços Técnicos do EP. A implementação das ações contam com a colaboração da Rede Caritativa, como “parceiros e colaboradores extramuros”.
As ações/iniciativas no meio prisional não poderão ser implementadas sem a prévia aprovação da Direção do Estabelecimento Prisional (EP).
Estas ações/iniciativas serão propostas pela Conferência (com o conhecimento dos Capelães) à Direção do EP e caso aprovadas planeadas e executadas pela Conferência e as várias partes interessadas.
DESCRIÇÃO PÚBLICO-ALVO
Reclusos dos Estabelecimento Prisionais e as suas famílias.
AÇÕES (PROJETOS)
2. Valência de apoio às famílias em situação de luto (exclusivo Unidade Pastoral de Sintra)
A missão passa por oferecer dois tipos de serviços distintos mas complementares: apoio às famílias em situação de luto
(2.1) através de momentos de oração no velório, e
(2.2) posteriormente visitando para assistir e proteger de forma afetiva e efetiva as famílias em situações de luto.
Disponibilização de QRCODES nas capelas moturárias da UPS, e intervenção dos Escuteiros do CNE, Agrupamento 1134 - Sintra, numa moradia de uma viuva.
3. Valência de apoio às famílias na comunidade (exclusivo Unidade Pastoral de Sintra)
A missão passa por oferecer dois tipos de serviços interligados: apoio às as famílias na comunidade
(3.1) promovendo ações de desenvolvimento de competências parentais para prevenir desajustamentos sócio-económicos, e
(3.2) ser parte ativa na Ação Social da comunidade (sociedade civil, o estado, e grupos sócio- caritativos) para fazer parte da solução, contribuindo sem protagonistas para uma mudança inclusiva para a independência da família e não o perpetuar da sua dependência e fragilidade.
Criamos uma Academia para a Família com plano de ações formativas para prevenir desajustamentos sócio-económicos - desenvolvendo competências parentais.
Módulos formativos da Academia para a Família e cartaz e uma das acções formativas.
Contactos
Morada:
Conferência de Santa Maria de Sintra
Igreja de São Miguel sita na Av. Adriano Júlio Coelho, nº 3, 2710-518 Sintra
Mail: confsantamariadesintra.ssvp@gmail.com
Contacto telefónico 219 244 744 | 966 223 785 (contactos do cartório da Igreja de São Miguel)