Ferramentas Pessoais

Santa Maria de Sintra

 

 

A Conferência de Santa Maria de Sintra, agregada à Sociedade São Vicente de Paulo desde 8 de maio de 1944

Esta Conferência vicentina está integrada na Pastoral Caritativa da Unidade Pastoral de Sintra (Paróquia de Santa Maria e São Miguel, Paróquia de São Martinho e Paróquia de São Pedro de Penaferrim) Diocese de Lisboa e encontra-se sediada nas instalações da Igreja de São Miguel em Sintra.

A Conferência está adstrita ao Conselho de Zona de Queluz (território do Concelho de Sintra) e este, está adstrito ao Conselho Central de Lisboa (Diocese de Lisboa) da Sociedade de São Vicente de Paulo.

 

A Conferência rege-se pelas 5 virtudes vicentinas: Simplicidade (descomplicado), Humildade (empatia e compreensão), Doçura (resiliência e compaixão), Desinteresse (primeiro o bem-estar dos outros) e Zelo (compromisso com a missão).

Atualmente é composta por uma equipa multidisciplinar de 6 vicentinos (4 consócias e 2 confrades), 2 colaboradoras/es, e 1 Assistente Espiritual (Padre Católico) que promovem de forma voluntária serviço caritativo e social católico de proximidade e/ou de retaguarda.

O objetivo primeiro é contribuirmos sem protagonismo, para a construção de uma sociedade mais justa, próspera e sustentável, valorizando o respeito e amor ao próximo, alegria na missão, trato pessoal com o mais necessitado, generosidade, o espírito de colaboração, a inteligência do coração e a amizade. 

 

PROPÓSITO, MISSÃO, VISÃO E VALORES DA CONFERÊNCIA

Propósito - “Acolher, Assistir e Proteger, para Tornar o Invisível Visível”.

 

Missão - uma rede de amigos que procuram a santificação através do “Orare Et Laborare” no cuidar em proximidade os indivíduos e famílias em necessidade. 

 

Visão - Ser reconhecida como uma Conferência da SSVP que promove através da justiça social a dignidade integral dos mais necessitados. 

 

Estes encontram-se alinhados com a missão, visão, e valores da SSVP. 

 

OS REFERÊNCIAIS PARA O BEM COMUM, FRATERNIDADE E SUSTENTABILIDADE

Um dos referenciais que nos impele a agir é a Declaração Dignitas Infinita - Vaticano, Dicastério para a Doutrina da Fé (publicada a 2 de abril de 2024), que aborda a Dignidade Ontológica - inerente a toda a pessoa humana, pelo simples fato de existir; a Dignidade Social - reconhecimento e respeito pela dignidade da pessoa humana; a Dignidade Moral - ações/escolhas éticas para o bem, a justiça e a verdade; a Dignidade Existencial - viver uma vida plena e significativa.

 

Os outros referenciais da ação são, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) - Agenda 2030 da ONU (apresentados na imagem), com os princípios da Carta Encíclica Laudato Si’, do Santo Padre Francisco, sobre o Cuidado da Casa Comum e os princípios da Carta Encíclica Fratelli Tutti do Santo Padre Francisco, Sobre a Fraternidade e a Amizade Social.

 

 

Alicerçamos a nossa ação no discernimento (diferente de percepcionar) assente nos princípios, sociais, morais e éticos da Igreja Católica - Doutrina Social da Igreja (nomeadamente, Dignidade da Pessoa Humana, Bem Comum, Solidariedade, Subsidiariedade, Justiça Social, Participação Cívica, Caridade e Justiça), na Economia de Francisco (nomeadamente a economia sustentável, inclusiva e regenerativa), a declaração Dignitas Infinita (Dignidade ontológica, moral, social e existencial), Cuidado da Casa Comum (compromisso no cuidado do que é de todos), e na tradição da ação vicentina, e ancorado aos princípios do desenvolvimento sustentável ("5 Ps": Pessoas, Prosperidade, Paz, Parcerias e Planeta) da ONU e Declaração Universal dos Direitos Humanos

O nosso processo de avaliação do impacto das nossas ações fundamenta-se nos 5 critérios de avaliação da CAD-OCDE: Relevância, Efetividade, Eficiência, Impacto e Sustentabilidade.

 

O SERVIÇO SOCIO CARITATIVO - “ORARE ET LABORARE”

Vivemos numa sociedade complexa e diversificada onde todas as partes estão ligadas e interagem, para o melhor ou para o pior.

 

As pobrezas não são procuradas, mas criadas pelo individualismo, egoísmo, a soberba e a avidez dos Homens, levando que as Pobrezas não sejam um resultado inevitável das circunstâncias, mas sim um produto de situações injustas que podem ser removidas. 

 

Para os membros desta Conferência nenhuma das “obras de misericórdia corporais e espirituais” é alheia à nossa ação, porque uma das piores coisas que as pobrezas fazem, é tirar a esperança às pessoas, pois acreditam que a pobreza possa ser eterna. 

 

Por dever social e moral, os indivíduos e famílias (ou comunidades) vulneráveis, excluídas ou descartadas, têm de estar no coração e na ação sócio caritativa da Igreja e das Conferências Vicentinas. A nossa ação em modo orante é em proximidade com Jesus, ouvindo o Espírito Santo e permanecendo em comunhão com Deus Pai.

 

O cuidar de indivíduos e famílias está relacionado com as dimensões da pobreza que se interligam, e assim influenciam o bem-estar do indivíduo e das famílias.

 

As possíveis dimensões da pobreza, podem ser de indole económica, (domínios como a falta de recursos financeiros ou literacia financeira), social (domínios como o abandono e exclusão social, falta de acesso a serviços e oportunidades), espiritual (domínios como a falta de significado e propósito na vida, baixa autoestima e sentimento de indignidade) e corporal (domínios como a falta de saúde, prevalência de doenças crónicas, e deficiência física ou mental), quer estas provoquem situações de natureza relativa (temporária, pode variar de acordo com o contexto e o tempo) ou absoluta (permanente, tende a ser mais estável e estrutural, e possivelmente irreversível). 

 

A nossa ação em modo orante consiste em sinalizar (diferente de indicar), acolher (diferente de receber) estabelecendo vínculos de igual para igual, escutar (diferente de ouvir),  com compreensão, compaixão e empatia, observando com cuidado (diferente de olhar) e de discernindo (diferente de percepcionar) as reais preocupações, medos e esperanças de indivíduos e famílias vulneráveis, excluidas e descartadas pela sua situação de pobreza. 

 

Procuramos assistir no imediato e proteger no médio ptrazo, de forma inclusiva, promovendo esperança de uma vida digna e não apenas de sobrevivência. 

 

A intervenção baseia-se numa análise holística e fundamentada, criando um roteiro de transformação realista e sustentável que guia a jornada de autonomização progressiva, onde os direitos e deveres tem de ser respeitados.

 

O objetivo final é a autonomia integral, permitindo que se tornem autossuficientes, recuperem a dignidade e a alegria de viver.

 

 

“Não basta aliviar a miséria, é preciso restaurar a dignidade.” Beato Frederico Ozanam

 

Quando não temos proximidade suficiente ou quando é necessário colmatar ou complementar competências e recursos, recorremos, no respeito pelo princípio da subsidiariedade, ao que chamamos - “Rede Caritativa”.

 

A mestria não consiste na diversidade de coisas feitas, mas no facto de serem bem feitas.” S. Vicente de Paulo

 

O SERVIÇO EM REDE

Transformar vidas e promover a justiça social poderá ser necessário criamos parcerias com a “Rede Caritativa”, e assim concretizamos a visão do Beato Francisco Ozanam, um dos fundadores da SSVP - de unir o mundo numa rede de caridade. 

 

 

Esta rede como comunidade global de caridade, amor e solidariedade, pode operar com equidade e sentido de justiça em várias geografias, tanto localmente (em Portugal) quanto globalmente (espalhada pelo mundo), permitindo que possamos por seu intermédio acolher prestar um serviço de proximidade onde quer que as familias residam, e envolver vários atores num diálogo fecundo e assim possamos cooperar na identificação e determinação das soluções mais eficientes e eficazes.

 

Esta Rede pode ser composta por Conferências da SSVP e Ramos da Família Vicentina, a Igreja Católica e os seus Grupos e Movimentos de Ação Sócio Caritativa (como a Cáritas), outras confissões religiosas, bem como, entidades do estado ou entidades ou instituições privadas ou não governamentais (ONG). 

 

CONFORMIDADE NA AÇÃO A Conferência presta de forma organizada voluntariado de continuidade no âmbito social e caritativo de acordo com o Regulamento interno de direitos e deveres (Regra https://ssvp.pt/a-regra-vicentina/). 

 

A Conferência está registada no Banco Local de Voluntariado de Sintra (BLVS, da Câmara Municipal de Sintra), e todos os membros da Conferência foram registados e encontram-se incluído(s) na apólice do seguro do Banco Local de voluntariado de Sintra (BLVS), Acidentes Pessoais Grupo desde o dia dezenove de dezembro de dois mil e vinte e três, estando assim em conformidade com a Lei nº 71/98, designadamente: pelo nº 1 do art.º 3º e pelo princípio da gratuitidade expresso no nº 6 do art.º 6º, bem como pelo cumprimento no do art.º 16 “Seguro Obrigatório”descrito no Decreto-Lei n.o 389/99 de 30 de Setembro.

 

NOVAS VALÊNCIAS DA CONFERÊNCIA DESDE 8 DE MAIO DE 2023

 

1. Valência de apoio aos reclusos e às suas famílias. 

Cometer um erro não anula a dignidade inalienável do recluso e da sua família como pessoas humanas, nem a sua capacidade de mudança e retorno responsável e positivo à vida familiar, comunitária e social.

 

A missão passa por, oferecer 3 tipos de serviços sócio caritativos correlacionados de retaguarda: 

(1.1) Apoiar os reclusos na sua vida pessoal em ambiente prisional e preparar uma reabilitação, inclusão e reintegração positiva do indivíduo na família, na comunidade e na sociedade em geral e assim poder libertá-lo do estigma da prisão. 

  • Programa 321 (Three To One - Reabilitação, Reinserção e Ressocialização do Recluso), 
  • Campanha +Conforto (
  • Clothing e material de higiene
  • ), tendo como alvo os reclusos carenciados (ou seja, reclusos que enfrentam dificuldades financeiras e que por diversas razões podem não ser visitados e/ou contactados pelas seus familiares), Eventos Inclusivos para reclusos sem apoio familiar.

 

(1.2) Promover iniciativas para fortalecer os laços familiares e é fundamental para o desenvolvimento cognitivo, social e emocional dos filho(s), mesmo em contextos desafiadores como o da privação de liberdade.

 

 

(1.3) Acolher no receber ou visitar (onde quer que estas residam), para assistir e proteger em proximidade às suas famílias, mitigando as possíveis situações de pobreza provocada ou não pela "prisionização secundária”.

 

 

VALÊNCIA DE APOIO AOS RECLUSOS E ÀS SUAS FAMÍLIAS (detalhe dos serviços sócio caritativos)

O nosso plano de atividades para esta valência, é composto por ações/iniciativas no (i) meio prisional e outras (ii) fora do âmbito do voluntariado em meio prisional, mas estão correlacionadas por se tratarem de ações/iniciativas da Conferência com as famílias dos reclusos e/ou ex-reclusos. 

A reclusão de um familiar geralmente tem um impacto profundo na dinâmica familiar e na vida desta na comunidade. Esta realidade pode levar à "prisionização secundária”, ou seja quando a prisão invade a vida dos familiares. Esta situação poderá provocar à família, entre outras, situações de preconceito e discriminação, marginalização e dificuldades financeiras, e instabilidade emocional, principalmente para os filhos. Estas famílias em situação de vulnerabilidade/fragilidade, por dever social e moral, têm de estar no coração e na ação sócio caritativa da Igreja e das Conferências Vicentinas. A resposta da Conferência, é o programa “+Próximo Família”

O nosso foco, não exclusivo é a Família do Recluso e os Reclusos Carenciados, ou seja, reclusos que enfrentam dificuldades financeiras e que por diversas razões podem não ser visitados e/ou contactados pelas seus familiares. 

As necessidades no âmbito da nossa ofertas de serviços sócio caritativos são sinalizadas pelo(s) Capelão(es) do EP, a Direção do EP, e pelos Serviços Técnicos do EP. A implementação das ações contam com a colaboração da Rede Caritativa.

As ações/iniciativas no meio prisional estão protocoladas com a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais do Ministério da Justiça e a Direção do Estabelecimento Prisional (EP)

O publico-alvo são os Reclusos dos Estabelecimento Prisionais de Sintra, Linhó, Tires e Carregueira e as suas famílias.

 

 

2. Valência de apoio às famílias em situação de luto (exclusivo Unidade Pastoral de Sintra)

A perda de um ente querido leva ao sofrimento, aflição, culpa, ira, ansiedade, depressão, ou outras experiências mais doentias e destruidoras.

 

A missão passa por oferecer 2 tipos de serviços sócio caritativos distintos mas complementares: apoio às famílias em situação de luto 

(2.1) Promover (caso a familia assim o deseje) de momentos de oração no velório, presencialmente ou através do QRCode - Orações pelos Defuntos,  disponíveis nas capelas mortuária

(2.2) Acolher no receber ou visitar, para assistir e proteger de forma afetiva e efetiva as famílias em situações de luto

 

Disponibilização de QRCODES nas capelas moturárias da UPS, e intervenção dos Escuteiros do CNE, Agrupamento 1134 - Sintra, numa moradia de uma viuva

 

3. Valência de apoio às famílias na comunidade (exclusivo Unidade Pastoral de Sintra)

O impacto sistémico e intergeracional da pobreza sobre a vida familiar pode gerar situações de marginalidade e desajustamento social.

A missão passa por oferecer 2 tipos de serviços sócio caritativos interligados: apoio às as famílias  na comunidade

(3.1) Promover ações de desenvolvimento de competências parentais para prevenir desajustamentos sociais, económicas e emocionais - desenvolvendo competências parentais, e

(3.2) Ser parte ativa na Ação Social da comunidade (sociedade civil, o estado, e grupos sócio- caritativos) para fazer parte da solução, contribuindo sem protagonistas para uma mudança inclusiva para a independência da família e não o perpetuar da sua dependência e fragilidade.

Criamos uma Academia para a Família com plano de ações de aprendizagem, formação e capacitação para prevenir desajustamentos sócio-económicos - desenvolvendo competências parentais.

 

Módulos formativos da Academia para a Família e cartaz e uma das acções formativas.

 

Consulte aqui o Relatório de Atividades 2024 

 

Contactos

Morada:

Conferência de Santa Maria de Sintra

Igreja de São Miguel sita na Av. Adriano Júlio Coelho, nº 3, 2710-518 Sintra

Mail: confsantamariadesintra.ssvp@gmail.com

Contacto telefónico 219 244 744 | 966 223 785 (contactos do cartório da Igreja de São Miguel)

 

 

 

 

 

Links

Unidade Pastoral de Sintra, Igreja de S. Miguel, Avª Adriano Júlio Coelho (Estefânia), 2710-518 SINTRA

Telf: 219 244 744 EMail: sao.miguel@paroquias-sintra.pt