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Jubileu da Misericórdia - Julho

Misericordiosos como o pai - Reflexão para o mês de Julho

Propomos neste mês reflectir sobre as obras de misericórdia “visitar os presos” e “corrigir o que erra”; meditaremos sobre a parábola do juiz e da viúva e vamos também conhecer São Leopoldo Mandic.

Obra de Misericórdia Corporal: "Visitar os presos"

Jesus esteve preso. Foi preso quando se encontrava no Jardim das Oliveiras pelos soldados romanos a fim de ser julgado. Nesse momento, todos os seus discípulos fugiram com medo, deixando-o só. Ele, apesar de inocente, experimentou na sua pessoa o que é estar privado de liberdade e levado a julgamentos.

Ao longo da história da Igreja, houve sempre pessoas que sentiram o chamamento a dedicarem-se aos presos. Jesus disse: “Estava preso e me visitaste”. E acrescentou: “Sempre que o fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes”.

O preso, privado da liberdade, retirado ao convívio familiar e social, necessita de ser visitado pelos familiares e amigos. Estes devem informar-se bem dos regulamentos. Os bons amigos conhecem-se na adversidade e mostram ao preso que não está só e que pode manter a esperança.

A Igreja tem uma pastoral das prisões. Há também grupos de voluntários que se organizam para visitar os reclusos – temos pessoas que fazem este serviço na nossa Unidade Pastoral de Sintra.

Obra de Misericórdia Espiritual: "Corrigir o que erra"

Jesus corrigia os que erravam. Denunciava os erros das autoridades religiosas; corrigiu os seus discípulos. Ele quis que nas comunidades houvesse correcção fraterna: “Se teu irmão pecar, vai ter com ele e repreende-o a sós. Se te der ouvidos, terás ganho o teu irmão (…)” (Mt. 18, 15-17).

Na correcção deve sempre existir muito amor e compreensão. Quem somos nós para julgar severamente os outros? (Cf. Mt. 7,3)

A correcção dos defeitos deve começar na própria pessoa. Os cristãos geralmente terminam o seu dia com um exame de consciência. No final rezam a suplicar o perdão e adormecem em paz, com o propósito de no dia seguinte darem mais uns passos no caminho da santidade.

É tarefa difícil, mas importante, corrigir os que erram. Deve ser feita com caridade, verdade e humildade. É algo de doloroso mas necessário, pois ajuda-nos a todos a sermos melhores.

Deve acontecer também na comunidade familiar – se os pais são demasiado permissivos, sem darem aos filhos normas a seguir, não os estão a ajudar a crescer e a ser felizes. Os pais devem fomentar um ambiente de autoridade, afecto, ternura, diálogo, compreensão, para que a correcção possa ser feita com amor.

Parábola: O juiz e a viúva (Lc. 18,1-8)

Jesus contou a parábola duma viúva que procurou com muita insistência um juiz, pedindo que lhe fizesse justiça. Ele finalmente acedeu, por ela o incomodar com tanta insistência.

O juiz é símbolo do poder máximo, a viúva exprime a condição humana mais precária.

Jesus pergunta depois aos ouvintes se Deus fará justiça melhor e primeiro que aquele juiz – diversamente do juiz injusto, Deus fará justiça de imediato aos seus eleitos que, dia e noite, gritam por Ele. Apesar da enorme diferença entre um juiz e Deus, existe um ponto comum que ilustra o valor inestimável da oração.

Deus deixa-Se tocar no coração, não porque queira a morte do pecador, mas porque quer que se converta e viva (Ez. 33,11).

São Leopoldo Mandic

Leopoldo foi um frade capuchinho, de origem croata, que viveu entre 1866 e 1942, conhecido especialmente pelo seu serviço no confessionário, em Itália, em Pádua. Durante cerca de trinta anos, passou cerca de dez a quinze horas por dia escutando e perdoando os pecadores, em nome de Deus. Mesmo entre os seus confrades havia quem o subestimasse. Diziam “que era um confessor ignorante, que absolvia a todos sem discernimento.” Mas era o mais procurado. Ele desculpava-se humildemente: “Dizem que sou demasiado bom, mas quando alguém se vem ajoelhar, não é esta uma prova suficiente de que quer ter o perdão de Deus?”. Noutra ocasião explicou: “Se o Crucificado me tivesse acusado de «manga larga» responder-lhe-ia: «Este mau exemplo, Senhor, foste Tu quem mo deste! Eu é que ainda não cheguei à loucura de morrer pelas almas!»”.

O Papa Francisco escolheu-o como um dos exemplos a seguir pelos Missionários da Misericórdia, enviados por todas as Dioceses do Mundo, neste Jubileu da Misericórdia.

P. Jorge Doutor (Comissão da Unidade Pastoral de Sintra para o Jubileu da Misericórdia)

 

 

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