Jubileu da Misericórdia - Julho
Misericordiosos como o pai - Reflexão para o mês de Julho
Propomos neste mês reflectir sobre as obras de misericórdia “visitar os presos” e “corrigir o que erra”; meditaremos sobre a parábola do juiz e da viúva e vamos também conhecer São Leopoldo Mandic. |
Obra de Misericórdia Corporal: "Visitar os presos"
Ao longo da história da Igreja, houve sempre pessoas que sentiram o chamamento a dedicarem-se aos presos. Jesus disse: “Estava preso e me visitaste”. E acrescentou: “Sempre que o fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes”. O preso, privado da liberdade, retirado ao convívio familiar e social, necessita de ser visitado pelos familiares e amigos. Estes devem informar-se bem dos regulamentos. Os bons amigos conhecem-se na adversidade e mostram ao preso que não está só e que pode manter a esperança. A Igreja tem uma pastoral das prisões. Há também grupos de voluntários que se organizam para visitar os reclusos – temos pessoas que fazem este serviço na nossa Unidade Pastoral de Sintra. |
Obra de Misericórdia Espiritual: "Corrigir o que erra"
Na correcção deve sempre existir muito amor e compreensão. Quem somos nós para julgar severamente os outros? (Cf. Mt. 7,3) A correcção dos defeitos deve começar na própria pessoa. Os cristãos geralmente terminam o seu dia com um exame de consciência. No final rezam a suplicar o perdão e adormecem em paz, com o propósito de no dia seguinte darem mais uns passos no caminho da santidade. É tarefa difícil, mas importante, corrigir os que erram. Deve ser feita com caridade, verdade e humildade. É algo de doloroso mas necessário, pois ajuda-nos a todos a sermos melhores. Deve acontecer também na comunidade familiar – se os pais são demasiado permissivos, sem darem aos filhos normas a seguir, não os estão a ajudar a crescer e a ser felizes. Os pais devem fomentar um ambiente de autoridade, afecto, ternura, diálogo, compreensão, para que a correcção possa ser feita com amor. |
Parábola: O juiz e a viúva (Lc. 18,1-8)
O juiz é símbolo do poder máximo, a viúva exprime a condição humana mais precária. Jesus pergunta depois aos ouvintes se Deus fará justiça melhor e primeiro que aquele juiz – diversamente do juiz injusto, Deus fará justiça de imediato aos seus eleitos que, dia e noite, gritam por Ele. Apesar da enorme diferença entre um juiz e Deus, existe um ponto comum que ilustra o valor inestimável da oração. Deus deixa-Se tocar no coração, não porque queira a morte do pecador, mas porque quer que se converta e viva (Ez. 33,11). |
São Leopoldo Mandic
O Papa Francisco escolheu-o como um dos exemplos a seguir pelos Missionários da Misericórdia, enviados por todas as Dioceses do Mundo, neste Jubileu da Misericórdia. |
P. Jorge Doutor (Comissão da Unidade Pastoral de Sintra para o Jubileu da Misericórdia) |