Jubileu da Misericórdia - Agosto
Misericordiosos como o pai - Reflexão para o mês de Agosto
Neste mês vamos reflectir sobre as obras de misericórdia “vestir os nus” e “ensinar os ignorantes”; meditaremos sobre a parábola do Pai misericordioso e conheceremos melhor S. Martinho de Tours. |
Obra de Misericórdia Corporal: “Vestir os nus” “…estava nu e me vestistes…” (Mt 25,36a). Jesus está em todo aquele que necessita de ajuda para cobrir sua nudez. Estar nu sem dúvida possui um significado profundo, porém se tratando das obras de misericórdia seu sentido é literal. Todas as vezes que vestimos um irmão necessitado, estamos vestindo a Jesus, seja ele um morador de rua, um desabrigado pelas enchentes, um refugiado estrangeiro, um idoso, um doente ou uma criança que não se consegue vestir. Muitas vezes não é falta de agasalho, mas a incapacidade de vestir este agasalho. Quantos indigentes precisam de alguém que o cubra, assista e ajude! |
Obra de Misericórdia Espiritual: “Ensinar os ignorantes”
«Compreendes, verdadeiramente, o que estás a ler?», pergunta Filipe ao funcionário etíope que está a ler uma passagem do profeta Isaías. E ele responde: «E como poderei compreender, sem alguém que me oriente?» (Actos dos Apóstolos 8, 30-31). Este diálogo mostra a necessidade de uma instrução para entrar no conhecimento da Escritura. De um modo mais geral, toda a vida de fé requer um ensinamento. Como este ensinamento tem uma dimensão religiosa fundamental, não admira que, no Antigo Testamento, o próprio Deus seja chamado «Mestre», e que o orante se lhe deve dirigir para ser iluminado e tornado sábio. Mesmo o simples, o inexperiente, o ignorante, torna-se sábio pelo conhecimento da vontade do Senhor: «As ordens do Senhor são firmes, dão sabedoria ao homem simples» (Salmo 19, 8). |
Parábola: Pai Misericordioso No direito israelita só os filhos varões têm direito à herança. Na parábola do Pai Misericordioso é o filho mais novo quem pede ao pai a sua parte na herança. Tinha menos direitos mas exige a sua parte na herança. O pai respeita a liberdade do filho e reparte os bens entre os irmãos. O filho mais novo, longe do pai, gasta a herança e cai na miséria. A situação dele torna-se pior que a dos porcos. Consciente do seu pecado, não mergulha no desespero, mas toma uma decisão: levanta-se e vai ter com o pai. Regressa a casa com o sabor amargo da derrota. Mas o pai enchendo-se de compaixão faz um banquete e cobre-o de beijos. |
São Martinho de Tours foi militar, monge e, mais tarde, bispo de Cidade dos Turões (actual Tours). Ao atingir a adolescência, aos 15 anos de idade (no ano de 331), para tê-lo mais à sua volta, seu pai alistou-o no exército imperial contra a própria vontade. Mas se o intuito do pai era afastá-lo da Igreja o resultado foi inverso, pois Martinho, continuava praticando os ensinamentos cristãos, principalmente a caridade. |
Diác. Craveiro (Comissão da Unidade Pastoral de Sintra para o Jubileu da Misericórdia) |